Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2015

Intolerância contra religiões de matrizes africanas também é um ato de racismo

O fato de a intolerância religiosa caminhar de mãos dadas com o racismo provoca, muitas vezes nos órgãos responsáveis por fiscalizar e punir, certa leniência, não porque a intolerância não deva ser combatida, mas porque estes órgãos ainda são incapazes de lidar de maneira eficaz com os temas ligados ao racismo. (Gualberto, Márcio Alexandre Martins 2011, p. 10) Terreiro  de Candomblé Aafin Oxumarê/ Foto: Naty Melo (utilizada no TCC: Relicário)  Começo com um trecho do Mapa da Intolerância Religiosa, uma junção de reportagens que retratam a intolerância religiosa no Brasil, para falar exatamente sobre o racismo e o quanto esses dois problemas estão interligados. As religiões africanas que cultuam os orixás datam de um histórico de mais de sete mil anos, porém no Brasil elas nascem a partir da chegada dos negros escravizados ao país. A primeira delas o Candomblé nasce no navio negreiro, juntamente com as mulheres negras, que na África tinham a responsabilidade de cuidar dos

Sobre as nossas lutas diárias e necessárias

No último dia 25 de julho organizei junto de outras amigas um evento chamado EmpoderAÇÃO das Pretas, em Uberaba Minas Gerais. O evento teve como objetivo comemorar o dia da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha e também o dia da rainha do quilombo do Quariterê, Tereza de Benguela. O evento nasceu de uma vontade minha de militar pelas questões negras e de me unir com outras pessoas que tivessem o mesmo ideal em Uberaba, onde o movimento é pequeno e não atende as demandas atuais da nossa comunidade. Posso dizer que o saldo desse encontro foi completamente positivo, além de fortificar minha amizade com as organizadoras do evento, pude conhecer outras pessoas que também possuem o mesmo interesse de trabalhar pela questão e isso por si só, já foi um resultado incrível. Porém, junto com tantas coisas positivas uma carga de negatividade atingiu minha vida, minha timeline e meu inbox (hahaha) e confesso que isso me abalou de certa forma. Muitas pessoas vieram me procurar dizendo que m