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Um minuto de cada vez...

O peito aperta e queima a garganta. O sono hoje, passou longe das minhas manhãs entediadas, quando o serviço é pouco, ou quando consigo realizá-lo, em um bom tempo hábil. Estou elétrica como se tivesse corrido meia maratona, ou se como eu precisasse correr. 

Todos dizem que é algo passageiro que eu preciso ter paciência, que preciso controlar a minha raiva e quanto mais ouço isso, mais difícil se torna passar por cada minuto de vida que tenho.

Estou me sentindo como se estivesse escrevendo uma carta suicida. Mas não é nada disso, eu gosto da vida, gosto de viver de ter emoções e sensações, mas o que eu estou sentindo hoje, está doendo demais.

Novamente meus sonhos indo por água abaixo. Novamente a felicidade se esvaindo das minhas mãos. E a impressão que eu tenho é que a culpa é só minha. É como se não houvesse um relacionamento em questão, é como se eu tivesse escolhendo sofrer.

Meu foco nas últimas 72 horas tem sido apena um. Não que esse não seja um bom foco para dedicar a vida, mas estou me sentindo como se tivesse louca, caindo de um abismo que não cessa.


O que mais dói, é a recusa de acreditar na verdade e a vontade de ter esperança. Não desejo o mal. De mim pulsa apenas amor e a vontade de que eu acorde e que tudo não passe de um pesadelo, como vários que eu tive que premeditavam esse momento.

Do lado direito da rua direita... 
ainda sem saber para onde vou.

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