Na virada Cultural a minha primeira
programação foi assistir a um show que a meu ver é extremamente apaixonante.
Primeiro porque sou fã da cantora em questão pela sua voz e comprometimento com
a música, e segundo porque tenho uma pegada forte voltada para questões afro-brasileiras.
Essas duas combinações somatizam eu completamente apaixonada pelo som dessa
mulher.
O nome dela é Fabiana Cozza,
cantora paulistana nascida e criada na terra da garoa, jornalista que desistiu
da profissão para se dedicar a música e graças a Deus ela fez isso, por que
talvez não poderíamos conhecer uma voz tão esplendorosa quanto à dela.
Fabiana transmite em sua música
todas as suas raízes, primeiramente o samba, depois sua voz maravilhosa, suas
interpretações teatrais e mais do que isso sua religiosidade. Suas músicas
falam dos orixás, de amores e de toda a intensidade que essa mistura trás para
todos nós.
Orgulho de ter na família um músico tão completo, Henrique Araujo (primo, o segundo da esq, p/ a dir) integrante da banda da cantora.
O trabalho dela eu já conhecia a mais
de quatro anos, porém o show eu nunca havia assistido, o que me deixou ainda
mais fã de tudo o que eu já admirava. A apresentação é encantadora, vi pessoas
se remexendo nas cadeiras do teatro para poder resistir ao impulso de levantar
e cantar junto com ela.
Seu show começa saudando orixá Exu
e a primeira música a ser cantada é aquela que diz: “O sino da igrejinha faz Belém,
blem, blom, deu meia noite o galo já cantou, seu Tranca Rua que é dono da gira”,
só por ai já da pra ver como fomos todos dominados por aquela sensação de
humanidade e malandragem que Exu transmite em dias de festa.
Assistir ao seu show é simplesmente
se emocionar, é como estar na presença de vários orixás, é sair de lá aliviado
como se sai de um terreiro em dia de festa. Fabiana Cozza e sua Musicalidade
merecem o respeito, merecem ser admirados.
Do lado direito da rua
direita... dançando com os orixás
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